A logística reversa é uma prática essencial que retorna produtos após o consumo para reciclagem ou descarte adequado, e tem ganhado destaque no Brasil. Com o aumento da conscientização ambiental, a alta oferta de rejeitos e descartes de produtos industrializados e novas regulamentações, o segmento deve continuar em alta, com impactos já sentidos no meio ambiente e na economia.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2021, o volume de materiais reciclados por meio da logística reversa aumentou 10,4% em relação a 2020.
No entanto, esse crescimento não é uniforme para todos os tipos de materiais. Alguns setores, como o de modens e decodificadores, apresentaram crescimento, enquanto outros, como o de pneus, ainda registram índices baixos de reciclagem.
Carlos Tanaka (na imagem), CEO da PostalGow, empresa de soluções logísticas em telecomunicações, destaca a importância das mudanças. “A implementação de políticas mais rigorosas tem sido essencial para o avanço da logística reversa. As empresas e os consumidores estão mais conscientes de suas responsabilidades e a tecnologia tem facilitado o processo”, afirma.
Tecnologias avançadas na logística reversa
Com a evolução da tecnologia, a logística reversa também sai ganhando com inovações que tornam o processo mais eficiente. Sistemas de rastreamento, inteligência artificial (IA) e automação são apenas algumas das ferramentas, melhorando a eficiência operacional e aumentando a transparência e a rastreabilidade dos produtos.
Além disso, há a expectativa de novas regulamentações rigorosas, que impactarão positivamente o futuro da logística reversa no Brasil. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por exemplo, estabelece metas claras para a gestão de resíduos e a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e consumidores.
Espera-se que futuras revisões da PNRS incluam requisitos ainda mais específicos, incentivando práticas sustentáveis em todas as etapas do ciclo de vida do produto.
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Machine learning e big data na logística reversa
A tendência é que a tecnologia e a IA sejam fundamentais nos avanços. Ferramentas de big data e machine learning estão sendo integradas para otimizar a gestão de resíduos, prever demandas sazonais e melhorar a eficiência das operações de reciclagem, permitindo um maior controle dos materiais recicláveis, reduzindo custos e aumentando a eficácia do processo.
Outro aspecto é o aumento das demandas sustentáveis por parte dos consumidores, que estão cada vez mais conscientes da necessidade de destinar corretamente seus resíduos. A prática de separar e devolver produtos para reciclagem, comum em muitas partes do mundo, está se tornando mais frequente no Brasil. Programas de incentivo e educação ambiental estão contribuindo para essa mudança de comportamento.
A PostalGow desenvolveu a plataforma DevolvaFacil, que promete inovar. “A expectativa é que a combinação de avanços tecnológicos, novas regulamentações e a crescente conscientização ambiental impulsione o setor de logística reversa no país.
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Estamos apenas no começo de uma revolução sustentável. As empresas que abraçarem essa mudança estarão liderando um futuro mais verde e eficiente”, conclui Tanaka.
Conclusão
A logística reversa no Brasil está crescendo e evoluindo rapidamente, impulsionada pela tecnologia, regulamentações rigorosas e a crescente conscientização ambiental. Com um aumento de 10,4% no volume de materiais reciclados, a prática está mostrando seu potencial para transformar a gestão de resíduos e promover um futuro mais sustentável.
Empresas como a PostalGow estão liderando essa revolução, oferecendo soluções inovadoras que melhoram a eficiência e reduzem o impacto ambiental. A combinação de inteligência artificial, machine learning e políticas rigorosas promete um futuro promissor para a logística reversa no Brasil.
